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Mudanças no mercado de trabalho e os profissionais do futuro

O Brasil atual conta com um grande contingente de desempregados, cerca de 11,5 milhões na semana de 24 de junho a 4 de julho de 2020, segundo os resultados da PNAD Covid (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid) realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entretanto, mesmo com tantos desempregados, ainda sobram vagas em diversos setores, principalmente nos de tecnologia. Um dos fatores que mostram essa discrepância é que várias startups estão surgindo no país, além da demanda por profissionais mais qualificados nos demais segmentos. Segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), existem cerca de 13.305 startups ativas no Brasil em 2020 e várias outras para entrarem em operação, gerando milhares de postos de trabalho.


Os dados refletem uma nova realidade, em que as empresas estão inovando e demandando por profissionais mais qualificados e com habilidades diversas. A nova realidade é a valorização não somente de Hard Skills (conhecimentos técnicos), mais também de Soft Skills (habilidades comportamentais). Essas ditas “habilidades comportamentais” são competências como inteligência emocional, criatividade, autonomia, perfil de liderança, adaptabilidade, boa comunicação e oratória, flexibilidade, facilidade em aprender, desaprender e reaprender as coisas e aptidão para lidar com as novas tecnologias. Outro ponto muito importante das Soft Skills é a história do profissional e às suas experiências acumuladas ao longo da vida, tais como intercâmbio, participação em grupos acadêmicos, voluntariado ou participação em empresas juniores.


O curioso é que não somente as empresas estão mudando, mais também alguns profissionais estão criando novas expectativas na carreira e buscando por empresas com benefícios além dos monetários. Atualmente, é possível observar uma mudança acentuada no mercado de trabalho e com a pandemia do Covid-19 isso ficou ainda mais claro como, por exemplo, o caso do Home Office. A parte interessante do trabalho remoto é a possibilidade de ter mais tempo com a família e amigos sem enfrentar o trânsito caótico das grandes cidades e a criação de oportunidades para profissionais de vários lugares poderem conseguir o emprego pretendido sem precisar se mudar. Segundo dados do IBGE de 2018, cerca de 3,8 milhões de brasileiros já trabalhavam no Home Office no Brasil e durante a pandemia esses números aumentaram ainda mais, sendo que muitas empresas já planejam manter o trabalho remoto após a pandemia. O grande problema é que é necessário ter disciplina para não misturar a vida pessoal com a profissional, além de que muitas pessoas acabam trabalhando mais do que o que trabalharia em um trabalho presencial e ainda tem o fator técnico, pois nem todos possuem acesso a uma internet de qualidade no Brasil.


Outra tendência de mercado são os ditos profissionais “pula-pula” ou nômades, ou seja, pessoas que mudam de setor, empresa ou de carreira com uma maior frequência em busca de maiores salários, cargos, experiências ou por curiosidade e vontade de aprender sobre várias coisas. Geralmente são profissionais com uma carreira bem rica e com talentos diversos, assim como a capacidade de adaptação a diferentes realidades. É intrigante que em um mundo em constante evolução, novas demandas surgindo todos os dias no mercado de trabalho e o risco de declínio de muitas profissões, esses profissionais já estão praticamente prontos para assumir diversas funções. No entanto, esses profissionais são difíceis de reter e as empresas acabam tendo que oferecer salários maiores e outras vantagens para evitar a alta rotatividade.


Um dos temas mais polêmicos quando se fala de carreira e dessas novas “modalidades” de trabalho é a tecnologia e a necessidade de inovar para não “perder” emprego para os robôs. Realmente existem várias profissões com risco de serem extintas e a inovação é inevitável, porém não é preciso mudar de profissão para fazer parte dessa “nova era do mercado de trabalho”. Recomenda-se os profissionais buscarem se adaptar a realidade ao estudar e aprender coisas novas e agregadoras. Atualmente, existe uma discussão sobre o diploma não ser mais o que define o profissional, pois podemos ter um engenheiro civil trabalhando no mercado financeiro ou com recursos humanos. Muitas empresas aceitam pessoas de diferentes áreas em setores diferentes como forma de incentivar a criatividade e gerar soluções para públicos diversos.


As chamadas “profissões do futuro” estão bastante ligadas a tecnologia como os desenvolvedores de softwares, analistas de big data e especialistas em segurança da informação. Profissionais da área de marketing e estratégia também são bastante requisitados, já a sociedade atual e as novas gerações estão constantemente conectadas na rede. Profissões ligadas ao meio ambiente, saúde mental, vendas, química, metodologia ágil e mercado financeiro também estão em alta. Independente do diploma e da especialidade do profissional, a nova era do mercado de trabalho exige pessoas com as ditas “Soft Skills” aprimoradas e, em meio a tanta tecnologia, o mundo, incrivelmente, caminha para um momento em que as habilidades técnicas dão mais espaço para as habilidades emocionais e para a criatividade.


Thalya Teles

Diretora de Marketing e Comunicação [Consulte Jr - UEFS]



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